Stop this DeLorean!

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Dear Marty,

Hope this one still reaches you before your ETA on October, 21st, 2015. Hope you still have time enough to grab the flux capacitor and change the course of your DeLorean. Please try it, immediately. You can not come. The reason being that we, humans from 2015,  would deceive you to the highest level possible. And I am afraid that after seeing what we’ve done with the world, well, when you return to the past, the impact of what you’ve seen here might cause severe and permanent damage to the course of things. I think you might want to use your influence and try to change some events which implies that this world I’m living in, becomes just an alternative future, that in fact will never happen.

If you arrive in 2015 you would most probably realize that all the efforts from your time were in vain. I’m afraid you’d be so disappointed that you’d stop fighting some battles.
You would see that maybe it does not make sense to fight against oil leakage and other environmental accidents, as you’d realize we keep doing the very same crap. You’d might come to a conclusion that supporting Gorbachev and to end the Cold War might be a mistake after you’d realize what is happening in Ukraine and in other corners of the Eastern.
You probably would think that bringing the Berlin wall down, would be useless, as we now are again building walls in Europe and in the Middle East (well, we have a wall also between USA and Mexico).

You would also conclude that it does not make sense to initiate a Desert Storm. No, it is not just a massive sand twister. Well, this might be a good thing as well, who knows?

You would pounder about whether it makes sense to continue with the construction of the Eurotunnel, since people that wants to use it simply can not.
There are some things, however, that might be go if you can indeed influence them, not to happen. So, if this one reaches you, please hand it over to authorities and ask them please to pay the closest attention to this exact addresses:
– 6201 South Pierce Street, Columbine, Colorado
And, if you can, stop thinking about flying skateboards, and throw that soccer almanac away. Pay attention to a certain web. Not from any spiders.
Good luck and send my regards to Mr. Klein.
Sincerely,

Vejo Ítaca ao longe

O Tempo é perene, o Vento passa.

Coisas ruins passam, os teus valores são como o Tempo, perenes.

Temos o Tempo para cultivar os nossos propósitos, mesmo que em outras paragens. Propósitos perenes, mesmo que bata um ventinho indigesto de vez em quando.

Os desrespeitosos sucumbem, as tuas habilidades só crescem e serão nutridas ao teu Tempo. Para a perenidade.

Atitudes não éticas podem demorar para emergir, mas emergem. As tuas fortalezas idem. E as últimas o Tempo eterniza, as primeiras o Vento mesmo varre.

A tua credibilidade é para durar todo o Tempo que permitires.

Certifica-te de que tens processos bem robustos e uma estratégia flexível, que te acompanharão ao longo do Tempo. Os ventos até poderão vergá-los, mas somente para que incorporem mais energia para revidar a contento.

A crise, como o Vento, pode até te dar um friozinho na barriga, mas o Tempo,  o Tempo meu caro, tu sabes que ele está ao teu lado.

Quem está obcecado pelo curto-prazo, está preocupado com o Vento, o Tempo é para os que veem ao longe. E para quem te responder que não existe longo prazo sem o curto primeiro, responda que, sob a perspectiva do Tempo, quem não existe é este ventinho tolo.

E o que é um Ventinho, para quem mira Ítaca ao longe?

10 works of Art that you should know

Captura de Tela 2015-04-10 às 16.33.51This is the Portrait of a young woman by Petrus Christus, and it is so enigmatic as Vermeer’s Girl with a Pearl Ring, don;t you think?Captura de Tela 2015-04-10 às 16.42.58

Millais’ Mariana, a very nice demonstration of the skills of the Pre-Raphaelits.

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Ingres, and his superb portrait “Princesse de Broglie”

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Bernini, and the gracious movements of Apolo and Daphne, a masterpiece second to none.

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William Dyce, Pegwell Bay.

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A Venetian from the Renaissance, Veronese, and its superb The family of Darius before Alexander.

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A magnificent landscape from Constable, showing that not only the Dutch excelled in this field.

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Think the sistine chapel is all you need? Try this one, The Glorification of Saint Ignatius, at the church of Sant’Ignatio, from Andrea Pozzo.

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A superb use of light, from Wright of Derby (A philosopher’s lecture at the Orrery)

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And ending with a brilliant piece from Caspar Friedrich, the Abbey among Oaks.

7 leadership lessons from Jon Snow

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1. the first thing is to recognize you know very little, maybe nothing at all. But that you are willing to learn

2. sometimes your best ally is your enemy

3. to lead is not to be the commander, to lead is to engage others so that they want to follow you

4. gain hearts and brains, so that others will keep carrying your message even when you are not present

5. trust is the foundation upon which we build sustainable alliances

6. diversity matters

7. If you have leaders that are willing to take you to the wrong path, oppose them and let your troops know you are opposing.

40 razões para comemorar 50

  1. 50 é o novo 40, e a vida começa aos 40
  2. Você pode dizer: Do alto deste último tufo de cabelos que pontua (sim, pois parece uma virgula) minha careca, meio século vos contemplam
  3. Você pode se considerar o ultimo dos baby boomers e o primeiro rebelde sem causa
  4. 50 é ótimo para nos tornarmos quem verdadeiramente somos. Se ainda não somos. Mas é melhor correr agora
  5. você pode exultar de alegria quando te chamam de tio, e não de vovô
  6. A maturidade é a mãe de todos os consolos
  7. Voce pode achar ótimo que ainda faltam 10 anos para você poder usar vagas de idoso em estacionamento
  8. Quase todas as tuas bandas de rock favoritas ainda estão na estrada, tocando, ao passo que as bandas dos teus filhos, alunos, sobrinhos, já estão se desmantelando
  9. O tio sukita certamente tinha mais de 50, não é ?
  1. você nunca teve uma crise de identidade. Antes, um conservador, agora um reaça de marca maior.
  2. Os teus tabus se foram. O que era ilícito, virou remédio.
  3. Você sabe o que é bom para a tosse. Enquanto uns vão de Christian Grey, você ataca de Dorian Gray.
  4. Alguns dos teus heróis morreram de overdose, é certo, mas nenhum pediu para sair.
  5. Agora pinta aquela sensação de flutuar, pois você já não pertence mais a este tempo. Pode dizer sem medo, “no meu tempo isso, no meu tempo aquilo”.
  6. Como uma geração se define pela espaço de 25 anos, você já não pertence mais a geração passada, mas sim, a geração retrasada. Você é de antes, muito antes.
  7. Relativamente você não esta ficando tão velho assim, pois a partir de agora, o acréscimo de 1 ano em 50 nao representara nem 2% de sua idade total. Você esta fadado a para todo sempre crescer só um pibinho.
  8. As pessoas mais idosas do planeta chegam a 116, 117 anos. Woody Allen e Clint Eastwood ainda pode fazer mais uns 35 filmes. E você poderá vê-los.
  9. Aos vinte tudo é futuro, aos trinta você ainda pode recorrer ao esforço, aos 40 voce ainda quer desafiar a tua maturidade, mas aos 50 voce se rende. Você é mesmo esse cara.
  10. É um ótimo momento para reafirmar que qualidade supera quantidade
  11. chegou o momento onde você não acha mais ridícula aquela propaganda do Gressin 2000
  12. porque aliás o único lugar onde pode haver cinqüenta tons de cinza é em uma cabeleira grisalha
  13. bem cuidada, essa nova idade será a sua melhor opção neste ano
  14. você confia muito em Wilde, e portanto, querendo recuperar a juventude basta cometer as mesmas loucuras
  15. os pré-socraticos vieram (também!) depois de Sócrates, os pré-rafaelistas depois de Rafael, então ainda há tempo para os pré-bardagianos
  16. é a idade que não define nada. Aos 20 voce é um jovenzimho, aos 30, o típico adulto, aos 40 voce está no seu auge produtivo, aos 60 voce é um jovem idoso. Aproveite e conceitue-se você mesmo.
  17. A minha chance de eu me tornar um Homem Virtuoso (é Aristotélico isso) é cada vez maior
  18. se a inteligência é vetorial e a burrice é escalar, a velhice é que não será exponencial
  19. ainda não cheguei a Ítaca, mas sei cada vez mais apreciar o caminho
  20. tenho ainda 12 anos para atingir a idade de Tolkien quando ele publicou O senhor do Anéis
  21. você não é mais arrogante: um jovem de vinte senhor de si é um jovem arrogante, um jovem adulto de 30 senhor de si é um jovem adulto arrogante, um adulto maduro de 40 senhor de si é um adulto maduro arrogante, um senhor de 50 anos senhor de si é um senhor.
  22. Você cada vez mais pode exercer a pratica da tolerância, pois você cada vez mais odeia mais coisas
  23. agora voce tem um grande airbag formado ao redor do umbigo. Privilegio. Vou usar com moderação.
  24. a partir de agora, você se deveria ser obrigado a somente dirigir automóveis alemães, desde que não fosse um Trabbi. Toleram-se suecos também.
  25. Você pode finalmente aceitar a alcunha de “Oldie but Goldie”
  26. Kafka disse que na luta entre o mundo e você, aposte no mundo, mas eu me delicio que o jogo já foi para o segundo tempo e ainda está empatado. E eu já ameacei marcar várias vezes
  27. a partir de agora você está liberado para cantar “Life is a highway” com um entusiasmo nunca visto
  28. você pode dar um largo sorriso, pois faz parte do grupo que mais cresce na população. Em 2030 seremos 42 milhoes de brasileiros com mais de 60.
  29. Você tem a certeza de que, se inventarem um campeonato novo, o Inter ganha também.
  30. Já me sinto a personagem de Murakami: “Na sua fisionomia havia uma confiança calma e discreta que alguns homens desta idade possuem”.
  31. porque acaba de dar no new York times: idoso agora é aos 70.

A magia de Oscar Wilde – The Magic of Oscar Wilde

“I believe that If one man were to live out his life fully and completely, were to give form to every feeling, expression to every thought, reality to every dream, the world would gain such a fresh impulse of joy that we would forget all the maladies of mediaevalism, and return to the Hellenic ideal. But the bravest man amongst us is afraid of himself.”

“We are punsihed for our denials. Every impulse that we strive to strangle broods in the mind and poisons us.”

“To get back to one’s youth, one has merely to repeat one’s follies. Nowadays people die of a sort of creeping common sense and discover when it’s too late that the one thing one neer regrets are one’s mistakes.”

“The people who loved only once in their lives are shallow. What they call loyalty and fidelity I call lethargy and lack of imagination.”

“It is personalities, not principles that moves the age”

“No life is spoiled but one whose growth is arrested”

Pleasure is the only thing worth having a theory about. Pleasure is nature’s test. When we are happy we are always good, but when we are good, we are not always happy” 

“There is a luxury in self reproach. When we blame ourselves, we feel that no one else has a right to blame us. It is the confession, not the priest, that gives us absolution.”

“In her dealings with men, Destiny never close its accounts.”

“Every effect that one produces gives us a ennemy. To be popular one must be mediocrity.”

“The books that the world calls immoral are the books that show the world its own shame.”

“Nowadays people knows the price of everything and the value of nothing.”

“We live in a age when unnecessary things are the only necessities.”

“Men marry because they are tired, women marry because they are curious. Both are disappointed.”

All quotes from The Picture of Dorian Gray.

Expectativa

Não previa nada, mas tudo esperava
Confiava, curiosa do destino que se lhe impunha a Previdência
nunca iludida, apenas suspendida no ar
pairando sobre a vida
em sentinela, `a espreita
arguta, resoluta, sempre com muitos olhos
prospectando, escrutinando, acariciando o futuro
com expectativa incansável,
com esperança infinita
sem temer a esquina, a dobra da rua
ansiando pela dobra do tempo, pelo novo espaço
em vigilia, aguardando
o auxilio de Cronos, o abraço de algum deus.

Inspirada por Lenine, para o Brasil

se está ruim, arrume,

se saiu do rumo, aprume,

se caducou, renove,

se deteriorou, inove.

se desgovernou, endireite,

se complicou, ajeite,

se se perdeu, engaje,

se mal armou, desmanche,

se perdeu, revanche,

se mixou, engaje,

se furou, emende,

se é crise, gere,

se é o país, lidere!

Precisamos do Segundo Iluminismo

No principio, éramos um bando de incautos errantes. Falta pouco, estamos quase chegando lá. De volta ao começo. Bem-vindo ao pior momento da Humanidade após a segunda grande guerra. Bem-vindo ao início do Mundo.

O ambiente está embaçado, ou na verdade é uma névoa tão densa que não nos permite discernir mais o que é e o que não é. Fukuyama tinha razão, a História acabou, não pelas causas e no momento em que ele previu, mas definitivamente acabou. Voltamos ao princípio, onde nos matávamos como animais irracionais, nos agredíamos como velhos Neandertais com meio cérebro. Onde os fracos não tinham vez. Eram sumariamente degolados. Onde países acabavam a golpe de machado, ou devastados por vírus, ou achincalhados por déspotas nada esclarecidos que davam plantão em vários palácios e matavam sua própria gente para perpetuarem-se no poder. E depauperam a cultura queimando estátuas, livros e todos os símbolos que desprezavam. Sem falar nos vendilhões do templo. Estes voltaram com doutorado.

Precisamos, de novo, nos elevar. Urge um Segundo Iluminismo, luzes, muitas luzes! Os nobres ideias sobre os quais alicerçamos a Humanidade nos últimos duzentos e poucos anos parecem tão enfraquecidos, tao esquálidos diante do terror e das trevas que é como se os tivéssemos jogado na lata de lixo.

Tivemos algumas primaveras, mas o manto frio deste longo inverno foi mais forte e dizimou o arremedo de esperança que havíamos semeado.

Para onde quer que olhemos, vemos desencanto. Brigamos e nos segregamos por qualquer motivo, temos as facções de quem curte e quem não curte, ricos contra pobres, norte contra sul, leste contra oeste. E morremos por fazer cartoons, morremos por defender a liberdade, morremos também por não cuidarmos bem de Gaia, por aquecer e queimar demais, morremos por não querer vacinar contra sarampo, morremos por simplesmente não entender o outro, morremos por nada.

Onde estão os Homens? Os Homens bons, os novos Voltaire? Surjam, surjam já!

Nietzsche advogava que as privações e as vicissitudes eram o caminho para o enobrecimento, para um novo estágio de evolução, onde surgiria, o Uebermensch, o pós-Homem. Pois de vicissitudes e privações já temos o bastante.

Que chegue este novo Ser para começar a História de novo.

Don’t Lorem Ipsum me / Não me venha com Lorem Ipsum

(or Letter to the one who wants to lead) (ou Carta a quem quer Liderar)

Tell me the true, in every occasion

Don’t come to me with euphemisms, with a golden layer on a hardball

Be a real leader, give me honesty and I shall return with commitment

Stay away from procrastination, from hiding facts and from miscommunicating

Don’t be afraid to tell me that you do not know the answer, let’s find it together

Don’t be afraid to expose yourself, a real leader is always transparent

Above all, unwrap and expose your weaknesses, we can’t excel if you do not show the real thing

To lorem ipsum is to be tiny centimeters away from being cynic

Instead, count on me to build great content

Don’t lorem ipsum me

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Não dissimule, conte-me a verdade em todas as ocasiões

Não me venha com eufemismos, nao doure a pílula

Seja um líder verdadeiro, abuse da honestidade e eu retornarei com comprometimento

Não procrastine, não esconda nada e comunique, comunique sempre

Não tenha medo de dizer que não sabe a resposta, vamos encontrá-la juntos

Não tenha medo de se expor, um líder é sempre transparente

Acima de tudo, desembrulhe e mostre suas fraquezas, não dá para atingir a excelência sem iniciar conhecendo a si mesmo

Em suma, não me venha com loren ipsum, isto é só um tantinho menos que cinismo odioso

Conte comigo para justo construirmos o caminho, desde que voce não me venha com lorem ipsum.

When the Winds of Change hits the Wall

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The world might be closing in and we are more and more like brothers, but not every wall is broken down so easily and under festive handshaking and hugs among everybody, like the famous song celebrates. In many cases, such as the creation of a JV or in a M&A, resistance is not to be underestimated.

In every organization, when the winds of changes blows there is much more than just the magic of the moment that plays a significant role. Normally there is also a bitter taste for many of the involved, specially from the side of the ones acquired or with a minority share in the JV. The ability to identify, engage and respect these ones is the key that ultimately will define that the change agents will win or not, and if they win, whether it is going to be a pyrrhic victory or not.

When the winds of change blows straight into the face of time and in the faces of the ones reluctant to change, they tend to act as if they were the Night’s Watch guarding the Wall. They really feel it like a storm wind, like if the coldest winter of them all would be coming (and it is coming!). Peace of mind, and organizational order will only be reached if you conquer them. They can never be defeated.

The Night’s watch normally takes nothing easy. Nothing shall pass. They defend bravely their positions, they have a history, and they feel belonging to something bigger. They do not want to take any crowns or glory. But they see themselves as shields guarding something real big. You cannot just come and blow everything into the air. They will need to believe in you. You have to make them see that the change is best for them and for the children of tomorrow.

No change agent wants to reign over a devastated land, a land depressed under a permafrost of ice and snow, like Pyrrhus had to. This is no victory, this is no change. It is only destruction. A true change agent wants to hear the balalaika.

Tempestade

Aquela nuveada toda ia se amontuando de mansinho, detras do morro do Bispo e vinha chegando tal qual louva-deus vai aparecendo devagarzinho por detras de uma pedra. Quando ce ve as perninhas de palito dele, ela já ta babando para te da o bote.

E começou uma barulheira dos inferno, uma trovejeda que parecia que os santos estavam carreteando todas as coisas para mudar o mundo de lugar e tudo trombava feito jegue cego no meio de um estouro de boiada.

E pois que me deu uma coceira no meio das venta, daquelas que so me dá quando o homi la em cima vai mandar lavar toda a terra, de aqui até as quebradas do Nho Tonho, que fica, lá para detrás do morro de onde se avista o riacho que dizem, vai dar no mar, depois de encher o açude dos Macedo.

E de uma hora para outra, que é modo de dizer, pois foi mesmo é de um minuto para outro, desabou um relampido, que só pode ter este nome por que é um estampido com um relho brilhante na ponta. Tinha um cajueiro que ficou mais preto que o Temedeu, o negro retinto do seu Alcebiades.

Me botei a esfolar o Jeremias, para modo de vê se o tonto ia mais velozmente, se se metia a balançar as ferradura, mas o danado preferia se arrastar mais manso que o balofo do seu Ramao vira na rede na hora de sestiar.

E veio o agueiro. Vinha de cima e vinha de baixo, repicando na terra e voltando para cima como que os pingo querendo voltar de donde tinha vindo.

E vinha de lado, pelo volteio da dobra do vento que soprava feito gaita.

De modo que eu e o Jeremias viramo um barro só. Para modo de aproveita aquela barrama eu fui juntando nums montinho que ia tomando forma de tijolo. Resolvi guarda aquilo que me alembrei que tinha de completar o muro de arrimo la do meu sobradinho.

Quando vi passar o Temedeu, correndo para o outro lado, todo amarronzado também, tava que só os fundo dos oio se via

Pois já tinha visto de tudo, menos tempestade de branquear neguinho e pretiá caju. Ô coisa tremenda.

Charlie n’est plus là

Charlie écoute de la musique

Ça peut-être tragique

Charlie vient du bureau

Donne-moi un morceau

De ta tristesse?

Charlie sort de l’école

A quelle vitesse?

Charlie va au cinema

Mais qu’est-ce qu’il y a?

Pas grave, Charlie

On a tué ta maladie

Charlie

N’est plus là

Où il faudra

On fait un dessin

Sur le chagrin

O ano do Contra Fluxo

Neste novo ano, busque o fracasso, seja ocioso, aumente sua ignorância, discuta muito, perca produtividade, sinta-se desconfortável, desapegue-se de sucessos.

Busque mais fracassos, pois quanto mais fracassar, mais terá trilhado caminhos inóspitos, que lhe farão aprender. Isto é o que engrandece.

Amplie seu tempo de ócio, aquele tempo de qualidade para pensar, refletir, estruturar, criar.

Faça crescer sua ignorância, desbravando campos de estudos novos, conceitos que não conheça, e deslumbre-se com a constatação que ainda tem muito que aprender.

Discuta mais, ao se entregar ao debate com quem não concorda com você. Os pontos de vista deles lhe ajudarão a solidificar, ou mudar, os seus. Com isso, evoluirá. E, de quebra, pode ajudar outros a evoluir também.

Queira o desconforto, zona de conforto é para não aprender nada. No desconforto temos de buscar soluções.

Esqueça sucessos. Aquilo que inebria, prejudica.

E abra mão de produtividade. Quem disse que a vida é melhor quando se faz mais com menos? Eu acho que a vida é melhor quando se desfruta com menos pressa tudo o que nos agrada demais.

Enfim, desvie de manadas cegas, de correntezas avassaladoras, de tsunamis de obviedades. Viva o contra fluxo.

#HomemNoContraFluxo

As 10 músicas mais bonitas que você NÃO conhece (ou esqueceu)

Esta é a lista pop. Depois farei uma de MPB e outra de clássicos. Prometo.

E vamos combinar o seguinte: Se você realmente gostar de alguma pela primeira vez, ou se lembrar, avise-me, ou compartilhe.

    A solitary man – Jonhny Cash
    An innocent man – Billy Joel
    True love will find you in the end – David Jonhson
    To live is to fly – Townes van Zandt
      Time of the season – The Zombies

 

You will never walk alone – Gary and the Peacemakers

 

 

    What’s So Funny ’bout Peace, Love And Understanding” – Elvis Costello
    Baby it’s you – Smith

 

Far from any road – The Handsome Family

 

Oh my love – Riz Ortolani

Crie

Crie.

Crie, nem que seja só para os seus olhos.

Fará bem à sua alma, ao seu espírito, ao seu campo magnético, fará bem àquilo em que você acredita.

Crie.

Pode ser um sentimento, uma alegria ao seu redor, pode ser abrigo.

Crie disposição. Crie barreiras para o mal.

Crie.

Vale usar a destruição criativa. Vale ser disruptivo, vale criar em colaboração. Ponha seu coração, sua cabeça e sua energia.

E crie.

Comece no sonho, na imaginação. Tudo o que pode ser sonhado, pode existir.

Passe ao concreto. Se não conseguir, você pelo menos apreendeu um método errado de fazer algo. Atenção, não o repita. Melhore a ponte da próxima vez. Volte ao sonho.

Crie.

Está difícil? Releia desde o começo. Veja o que faltou, se foi a cabeça, o coração ou a energia. Aplique dosagem maior deste elemento.

Crie.

Ou releia. E então crie.

Bem-vindo ao Início do Mundo

Pois se um dia a História acabou, como já declarou Fukuyama, nestes últimos tempos ela renasceu com toda a força. Reencarnou de vez. Voltou para aprender o que fez de errado. Precisa se elevar. Foi punida pelo Criador e voltou aqui para o planetinha da danação. Mas está dando tudo errado. Ela voltou bem lá para o princípio de tudo. Onde os fracos não tem vez. Eles são sumariamente degolados. Onde países acabam a golpe de machado, ou devastados por vírus, as novas pragas, ou achincalhados por déspotas nada esclarecidos que dão plantão em vários palácios e matam sua própria gente para perpetuarem-se no poder. Um clã de Neandertais não faria melhor. A natureza enraivecida explode na fúria de Gaia. Temos lindos nomes de Damas que arrastam tudo o que veem pela frente, em turbilhões admiráveis lá do alto da estação espacial. Mas em breve faltarão os nomes bonitos, de tantos malfeitos. Falta pouco para o furacão Josianilde ganhar as manchetes. Ou o pessoal que batiza estes fenômenos terá de adotar os algarismos romanos, como no papado. Katrina XIII. Andrew VII. E isso tudo sem falar nos vendilhões do templo. Estes voltaram com doutorado.

O curioso é que diante de grandes catástrofes costumamos dizer: “é o fim do mundo”. Mas não, estamos na verdade justamente onde o mundo inicia. No princípio, éramos um bando de doidos errantes. Falta pouco, estamos quase chegando lá. De volta ao começo. Bem-vindo ao pior momento da Humanidade após a segunda grande guerra. Bem-vindo ao inicio do Mundo.

Entreouvidos no debate eleitoral brasileiro

– “é o cão chupando manga”…

Candidata rosa: a candidata vermelha está demonizando a raça canina brasileira. E tem mais, as mangas estão neste contexto como as maças no Paraíso. É uma metáfora rasa. A verdade prevalecerá!

Candidata vermelha: os rosas estão entregando nossas mangas, plantadas pela natureza, aos interesses escusos dos cães-banqueiros, digo, banqueteiros. Nós vamos promover uma maior inclusão da manga, assim como da goiaba, o nosso modelo jabuticaba é inclusivo, nós vamos possibilitar o acesso de milhões de mangas a uma vida digna.

Candidata roxa: nós temos que acabar com essa submissão da manga, nós pregamos, lembrando as manifestações de junho, uma grande aliança da sociedade civil para tirarmos as mangas desde cenário onde são inapelavelmente chupadas, sugadas até o final.

Candidato verde-limão: nós sempre achamos que os cães, assim como toda a sociedade brasileira, deveria ser livre para chupar, sugar e também tragar o que quiser.

Candidato (cor: qualquer uma, ou todas) : veja bem, nós acreditamos que o mercado deve regular, ora a manga é chupada, ora o cão chupa. Enfim, o que quero dizer é que há espaço para as mangas, para os cães, em um grande avanço que está alicerçado no tripé macroeconômico. Lá no meu estado, por exemplo, houve um grande crescimento da chupação de manga durante meu mandato. Nós vamos levar isso a todo o Brasil.

E o cão chupou a manga até o bagaço.

Dez ótimos filmes para refletirmos sobre Gestão e Carreira

Esta é a minha lista de filmes para instigar discussões úteis no ambiente corporativo. Não espere encontrar aqui os grandes blockbusters (A rede social, Jobs, A firma). Aqui trago filmes com maior grau de reflexão, porém, nem tão famosos. Posso ter deixado algo importante de lado, mas aqui vocês encontrarão material cinematográfico de primeira e envolvendo temas da mais alta relevância para o mundo dos negócios, fruto de uma incessante garimpagem. Como cultivo muito essa aliança da sétima arte com o Management, deixou-os à vontade para comentar que outros filmes poderiam abrilhantar esta lista.

  1. O que você faria? (El método, Espanha, 2005)

Direção de Marcelo Piñeyro

Começando por onde se entra nas empresas, o temível Recrutamento. Este é o famoso filme do “método Grönholm’. A luta desenfreada de sete candidatos por uma vaga. Um pouco fantasioso é claro, mas é bom não desprezar a criatividade dos recrutadores hoje em dia.

2. Em boa companhia (In Good company, EUA, 2004)

Com Dennis Quaid e Scarlet Johansson. Direção de Paul Weitz.

Um dos melhores da lista, porque quase que inteiramente filmado em ambiente corporativo,e para quem está em algum processo de fusão, imperdível. Para quem está longe disso, concentre-se na cena em que o novo CEO dá um discurso para lá de vazio aos funcionários e recebe um petardo impagável na forma de uma pergunta de um dos funcionários “adquiridos”. (Dennis Quaid, ótimo). E a resposta do CEO é outra coisa que não está no gibi.

3. Com o dinheiro dos outros (Other people’s Money, EUA, 1991)

Direção Norwan Jewison, com Danny de Vito e Gregory Peck

O filme com a visão do acionista em uma ação de “take-over hostil”. Memorável a cena da assembleia, onde se enfrentam as duas visões de mundo que o filme coloca em confronto: os “abutres de wall street” e os que fazem negócio por absoluta paixão e desprendimento. Se não me engano, também tem uma cena impagável onde Danny demonstra o básico do economês para os antigos donos do negócio em um quadro negro.

4. As confissões de Schmidt (About Schmidt, EUA, 2002)

Direção de Alexander Payne, com Jack Nicholson

O Diretor do aclamado Nebraska, entre outros grandes filmes (Os descendentes , Sideways) já mostrava em 2002 o que sabia fazer com muita veemência. O drama do despreparo para a aposentadoria em um filme tocante, que aborda ainda relações familiares de um jeito muito peculiar. Jack Nicholson extraordinário, com sua cara de frustrado permanente.

5. O sucesso a qualquer preço (Glendgarry Glen Ross, EUA, 1992)

Dirigido por James Foley com roteiro do grande David Mammet.

Al Pacino em grande performance, unido a grande elenco (Jack Lemmon, Alec Baldwin, Ed Harris, Kevin Spacey). A rotina de um grupo de vendedores é perturbada pela introdução de

uma competição entre eles. O melhor vendedor leva um bônus, o pior….é despedido. A regra do “Neutron Jack” explorada ao extremo.

6. Sobre aquele que nada fazia e um dia fez (Brasil, 2003)

Este é um curta gaúcho de 2003, vencedor de uma série ótima da RBS TV. Uma metáfora interessante sobre a futilidade de hoje nas empresas. A personagem principal, Ary, descobre que sua promoção está em risco pela chegada de um competidor mais jovem. Ary apela então para o “extraordinário”, quer “mudar” e vai em busca de uma opção que o deixe “moderno”. Dura cerca de 15 minutos e pode ser visto online. Humor refinado.

7. A corporação (The Corporation, Canadá, 2003)

Um documentário bomba, que questiona as corporações e seu papel na sociedade moderna. Imperdível, nem que seja para você contestar a visão do filme, muito para lá da terceira via em relação às externalidades causadas pelas empresas na sociedade. Uma visão ácida das corporações.

8. Sociedade dos poetas mortos (Dead poets society, EUA, 1989)

Direção de Peter Weir, com Robin William e os jovens Robert Sean Leonard e Ethan Hawke. Imperdível pela alta dosagem de inovação e criatividade que o Professor Keating (Williams, em um de seus melhores papéis) injeta nos jovens embrutecidos pelas amarras rígidas do código social vigente. Um filme com potencial de transformar qualquer um. Se você for jovem veja imediatamente, se você for mais crescidinho, veja também. Sempre é tempo.

9. Tucker (Tucker, EUA, 1988)

Direção de Francis Ford Coppola, com Jeff Bridges

A inovação, o espírito criativo, os erros, tudo sobre este processo fascinante na vida de Tucker, o homem que queria revolucionar o automóvel. A inovação vista por dentro.

10. A questão humana (La question humaine, França, 2007)

Direção de Nicolas Klotz, com Mathieu Amalric

E se na empresa em que você trabalhasse eclodisse uma crise ética de altas proporções? O filme vai até o fim na busca das respostas. Profundo, reflexivo, europeu até a espinha.

Boa sessão, ou sessões!